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Introdução
Imagine a seguinte situação: você é um(a) empreendedor(a) e começa o seu pequeno negócio / a sua pequena empresa. Inicialmente, você se dedica, se esforça e trabalha de 10 a 14 horas por dia. Com o tempo, o seu negócio começa a ter os primeiros resultados palpáveis; você consegue os primeiros clientes, as primeiras vendas e começa a perceber o retorno financeiro gradualmente.
Entretanto, à medida que o negócio começa a crescer um pouco mais, você se depara com a realidade de que já não consegue mais fazer tudo sozinho como fazia antes. Nesse momento crucial, você começa a colocar algumas pessoas de confiança para trabalhar com você, formando uma equipe mais sólida. Contudo, a equipe segue trabalhando de uma maneira informal: resolvendo os problemas por WhatsApp, tomando um café ou durante um almoço para combinar como as coisas irão funcionar.
Desafios da Gestão Multifacetada
A empresa continua crescendo e em pouco tempo o modelo de estrutura informal já não está mais dando conta e você começa a perceber que está sobrecarregado. Você começa a trabalhar mais horas, precisa chegar mais cedo e sair mais tarde, mas mesmo assim não consegue dar conta do volume de trabalho. Nesse ponto, você começa a ter medo aceitar novos clientes porque você não tem certeza se vai conseguir atender todos com o nível de qualidade que você gosta e que caracteriza a sua marca.
O(a) empreendedor(a) passa a se sentir cada vez mais sobrecarregado porque tem múltiplos papéis dentro da empresa: comercial que faz as vendas, quem gerencia os clientes e ao mesmo tempo é a pessoa que está por trás do financeiro, do administrativo e que tem relação com o contador e com o escritório de advocacia. E não pára por aí! Também cuida um pouco da parte de TI, fica responsável por toda a estruturação da empresa e também é a pessoa que cria conteúdo, cuida do marketing e das redes sociais. Ufaaaa… não é à toa que, de repente, esse modelo se torna insustentável e o(a) empreendedor(a) não consegue dar conta.
Como perceber a dor do crescimento?
Essa situação tem um aspecto positivo e um negativo ao mesmo tempo. Por um lado, chegamos numa situação há muito tempo desejada de aumento no número de clientes. Por outro lado, muitas vezes esta conquista vem acompanhada do estrangulamento ou sobrecarga do(a) empreendedor(a) e desse modelo de trabalho informal e centralizado. Neste cenário, o(a) empreendedor(a) não consegue manter tudo sozinho. É isso que chamamos de dor do crescimento.
Quando começamos a perceber isso?
Quando alguém sai de férias e a gente já não sabe o que está acontecendo, em que pé está a operação. Pode acontecer também de os clientes começarem a reclamar que não receberam os pedidos e nós não sabemos o que aconteceu com o pedido. Outra situação em que ocorre a percepção desse problema é quando entra alguém novo na empresa e o empreendedor não tem tempo de treinar essa pessoa e também não tem nenhum manual ou nenhuma documentação estruturada para passar para essa pessoa começar a estudar e se ambientar sobre o funcionamento da empresa. Também percebemos isso quando alguém sai da empresa e junto com essa pessoa uma parte do conhecimento também vai embora e isso ocorre porque não foi feita a gestão desse conhecimento, que certamente fará falta em algum momento.
Diante dessas situações você pode se perguntar: Será que isso faz sentido para pequenas empresas? Pequenas empresas passam pela dor do crescimento? Sim, pequenas empresas passam pela dor do crescimento! E quando vemos os dados do SEBRAE apresentando o que dá errado com as pequenas empresas e startups, podemos observar que muitas das causas estão ligadas com questões referentes à gestão.
Falência de empresas
Por que há essa relação entre a falência de empresas e a gestão delas? Por que muitas empresas vão a falência nos seus primeiros anos, em um momento em que a empresa deveria estar crescendo e apresentando os primeiros resultados?
Existem diversos motivos que podem causar a falência de pequenas empresas. Entre eles está a estratégia de precificação, ou seja, como a empresa estabelece o seu preço considerando seus custos, impostos, margem de lucro e etc. Pode acontecer de a empresa ter vários clientes, mas não pensar direito nos custos da operação. Então, muitas vezes, a empresa cobra dos clientes esquecendo de incluir o frete no preço, ou então não planeja a margem de lucro corretamente. Assim, se trabalha muito e fatura muito, mas o alto custo de operação está corroendo todo o dinheiro que entra. Por conta disso, muitas vezes, a empresa acaba saindo sem lucro ou até mesmo pagando para se manter em operação.
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Exemplos comuns
Outro exemplo é relacionado ao estoque. Muitas vezes há sobra de material no estoque, em outros momentos há falta de material no estoque e ambas as situações são ruins para a empresa. A sobra de material no estoque significa que você está com os seus ativos imobilizados. Nessa situação, caso ocorra uma necessidade de capital de giro, a empresa pode não ter como utilizar o capital. Por outro lado, a falta de estoque significa que quando houver uma demanda é necessário se apressar para comprar um material de um fornecedor que pode ser mais caro, e em uma situação de urgência não se consegue negociar e nem há tempo para aguardar por uma entrega, o que culmina em um produto mais caro. Então, isso também é prejudicial ao negócio.
Outra situação que pode ocorrer é quando o empreendedor não cuida da parte jurídica como deveria. Ele acredita que uma empresa pequena não necessita de um departamento de Recursos Humanos, então tudo é feito de maneira informal. Os contratos com a equipe são estabelecidos de maneira informal ou nem há contrato com a equipe. Infelizmente, se em algum momento as coisas não derem tão certo quanto os mais otimistas imaginam, de repente essa empresa pode se ver diante de um processo trabalhista que pode comprometer todos os resultados e todo o capital que a empresa havia conseguido. Essa situação pode inviabilizar a continuidade desse pequeno negócio simplesmente porque os riscos não foram gerenciados corretamente.
Conclusão
Todos esses cenários são típicos do que se vê nas pequenas empresas onde dheka trabalha ajudando com os processos. Talvez esses cenários façam sentido para você, empreendedor(a) ou dono(a) de um pequeno negócio. Caso você tenha se reconhecido em um ou mais dos cenários apresentados, isso não quer dizer que é uma situação totalmente desesperadora. Essa situação é comum e todo pequeno negócio pode chegar nesse momento de dor do crescimento. Entretanto, é importante que ao chegar nesse momento ele seja um ponto de virada.
Antes de chegarmos nesse ponto podemos, por exemplo, fazer um planejamento estratégico. A dheka pode te ajudar a planejar como a empresa vai crescer e para onde deve crescer.
Process Thinking
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Saiba maisTambém podemos nos preparar para o crescimento pensando nos processos da empresa (Process Thinking), ou seja, não se deve deixar para pensar nos processos quando o empreendedor está trabalhando de 12 a 16 horas por dia, que é quando ele não tem tempo nem para delegar e explicar as tarefas para os outros colaboradores.
O empreendedor pode colocar esses processos no papel de uma forma simples e ágil. E é por isso que a dheka criou o process thinking, que é voltado especificamente para cuidar dos processos das startups e pequenas empresas de uma forma mais leve, lúdica e interativa. O process thinking foi desenvolvido para que o(a) empreendedor(a) se organize de forma que o momento do crescimento seja um momento de alegria e celebração das conquistas e não um momento de desespero em que não se consegue atender o cliente com a qualidade desejada.
Publicado por: Andréa Magalhães
CEO e Fundadora da dheka – Especialista em BPM – Professora e Pesquisadora
Atuou durante 7 anos como professora do Instituto de Computação (IC) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Atuou como pós-doutora e pesquisadora pela COPPE/UFRJ em 2014 e na UNIRIO em 2015. Concluiu seu doutorado em Engenharia de Software com foco em Processos e Colaboração pela COPPE/UFRJ em 2013.
Experiência de participação em projetos de consultoria para diferentes empresas, como B3, Marinha, Petros, Vale, TIM, Petrobras, SENAI-CETIQT, Shell, Arquivo Nacional e Mongeral Aegon. Atua há 20 anos nas áreas de Gestão de Processos de Negócio (BPM), Gerência de Projetos e Requisitos. Atuou durante 2,5 anos como Gerente na Ernst Young (EY). Certified Business Process Professional (CBPP).
Também ministra cursos de pós-graduação e extensão, orienta alunos e possui trabalhos publicados em congressos e revistas nacionais e internacionais.
Como Expert Digital, mantém o canal do Youtube da dheka, os podcasts do canal dhekaCast no Spotify, Deezer e Apple Podcast, contribui com publicações para o blog da dheka e atua como Palestrante e Mentora.