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Case – Colaboração – Gerenciamento Digital Integrado (GeDIg)
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Case – Colaboração – Gerenciamento Digital Integrado (GeDIg)

O projeto GeDIg (Gerenciamento Digital Integrado de Campos de Petróleo) visava promover a gestão integrada dos processos produtivos de Exploração & Produção da Petrobras. O objetivo era, através da capacitação das pessoas e da aplicação objetiva das tecnologias da informação, automação, simulação e modelagem, agregar valor às concessões e, a partir da monitoração e do controle em tempo real, obter a otimização da produção, dos custos e do incremento do fator de recuperação.

GEDIG – Nordeste
GEDIG – Nordeste

O GeDIg possui como alicerce três elementos básicos: Pessoas, Processos e Tecnologia. As pessoas representam todos os recursos humanos que interagem diretamente com o processo e são responsáveis por sua análise, projeto, operação, gestão e acompanhamento. Os processos representam as sequências de atividades, procedimentos e operações que são executadas na realização de uma tarefa. Tecnologia é o conjunto de equipamentos e sistemas utilizados na execução, acompanhamento e controle do processo.

O Gerenciamento Digital Integrado englobou um ambiente de transmissão de dados de forma sincronizada e em tempo real e a visualização destes dados, de forma a apoiar a tomada de decisões. Este ambiente incluía ferramentas de controle, simulação e otimização, além de outras tecnologias, para melhoria da execução e eficiência dos processos. A solução impactou um número significativo de processos de trabalho, melhorando sua efetividade e produtividade.

Para propiciar a integração dos diversos processos produtivos o projeto, compreendia ainda a instalação de duas salas colaborativas, uma na sede e outra no campo, equipadas com recursos de colaboração, permitindo a interação entre equipes situadas nas duas localizações. Nestes dois ambientes, os especialistas de ambos os locais podem se comunicar e compartilhar informações sobre a produção em tempo real, bem como utilizar softwares colaborativos para apoiar a discussão e a tomada de decisão.

GEDIG - Sala Colaborativa
GEDIG – Sala Colaborativa

>> Colaboração <<

A fim de maximizar o uso adequado dos artefatos tecnológicos existentes nas salas de colaboração foi necessária a modelagem dos processos de negócio combinada com o Modelo de Maturidade em Colaboração (CollabMM) para projetar a colaboração nos processos. Este trabalho permitiu a identificação de quais dados devem ser compartilhados entre os participantes das reuniões e como as aplicações devem apresentá-los com vistas à melhoria na tomada de decisão. Além disso, informações provenientes de sensores introduzidos na automação trazem a possibilidade de novas formas de pensar as atividades de análise da produção no dia a dia. Desta forma, alguns processos puderam ser repensados por seus participantes, e novos processos introduzidos.

Foto da sala colaborativa
Foto da sala colaborativa

>> Cenário Problema <<

– Grande distribuição geográfica;
– Grande quantidade de pontos de operação;
– Consultores especialistas na sede e operadores no campo enfrentando problemas no dia-a-dia e precisando de orientações;
– Profissionais precisam viajar grandes distância para interagir uns com os outros, discutir e resolver problemas técnicos e trocar experiências;
– Informações não estão facilmente disponíveis para facilitar a tomada de decisão.

>> Processos <<

Adaptação de uma metodologia de BPM incluindo a modelagem da situação atual (AS-IS) e futura (TO-BE) dos processos, visando:

– Identificar problemas de integração de informações e dados entre as várias bases de dados e documentos utilizados no processo de produção;
– Buscar oportunidades de colaboração nos processos e potencialização destas através das tecnologias disponibilizadas nas salas colaborativas;
– Definir as formas de uso das informações de automação (dados de pressão e temperatura na cabeça do poço).

>> Desafios <<

– Seleção de processos onde a colaboração tenha um papel fundamental para agregar valor ao negócio;
– Integração entre as múltiplas equipes envolvidas no projeto;
– Gestão da mudança – como projetar processos com tecnologias completamente novas para os especialistas?

>> Benefícios <<

– Impacto positivo em diversos processos de negócio;
– Envolvimento das áreas de negócio e da TI;
– Salto da situação atual para a situação futura dos processos;
– Sucesso dos projetos piloto deu origem a novos projetos em outras áreas da empresa.

>> Publicações <<

– MAGDALENO, A. M.; CAPPELLI, C.; BAIAO, F. et al., 2008a, “A Practical Experience in Designing Business Processes to Improve Collaboration“. Business Process Design (BPD), p. 156-168, Brisbane, Australia.

– MAGDALENO, A. M.; CAPPELLI, C.; BAIAO, F. A. et al., 2008b, “Towards Collaboration Maturity in Business Processes: An Exploratory Study in Oil Production Processes“, Information Systems Management (ISM), v. 25, n. 4, p. 302-318.