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Empresas e profissionais frequentemente usam processos de negócio para entender e comunicar ideias. Para que ela funcione adequadamente, todos os interessados precisam estar familiarizados com os seus conceitos e elementos visuais para representar processos.
A ideia do Process Thinking é promover a análise e repensar dos principais processos de negócio de forma lúdica, ágil e inovadora. O principal objetivo é aproximar a gestão dos processos da realidade das startups e MPMEs, tornando-a um instrumento que faça parte da gestão do dia-a-dia destas empresas.
Notações mais utilizadas no mercado
As notações mais utilizadas no mercado para representar processos são a BPMN (Business Process Management Notation) e a notação EPC (Event-driven Process Chain). Essas duas notações abrangem e são genéricas, pois visam cobrir a maior quantidade de situações possível. Porém, isto as tornou bastante complexas, especialmente com relação a quantidade de elementos possíveis, tornando o aprendizado mais lento e o entendimento mais complicado. A figura 1 apresenta um resumo dos principais elementos possíveis para a BPMN.
É possível perceber a quantidade de gateways (controle de fluxo), atividades (de diferentes tipos) e, o que mais impressiona, a quantidade de eventos. No entanto, mesmo apresentados de forma concisa nessa figura, é complicado para o modelador saber como usar cada elemento desses. Além disso, para o leitor, será difícil entender um modelo que use todos esses elementos, pois ele dificilmente se lembrará de todas as suas variações.
Notação SPTL
Com isso em mente, desenvolvemos, baseados na BPMN e usando o catálogo de características de entendimento em modelos de processos (ENGIEL, 2012), a SPTL (Simplified Process Thinking Language) – notação de modelagem de processos do Process Thinking.
Pensamos nela para que seja fácil modelar e entender processos simples do dia a dia de startups e MPMEs. Você pode usar a SPTL para modelar os 10 processos mais importantes de toda startup ou pequena empresa. A figura 2 mostra todos os elementos possíveis na notação do Process Thinking.
São 11 elementos para representar cadeia de valor ou fluxos de processo. Para o mapa de processos (ou cadeia de valor), são 2 elementos, um representando o processo inicial, com a forma reta (#1), e outro representando um processo que começa após outro terminar, com a forma cavada (#2).
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Os outros 9 elementos representam fluxos de processo. O bonequinho (#3) representa o ator do processo e pode estar posicionado ao lado do nome do processo, indicando que ele executa o processo inteiro, ou acima de uma atividade, indicando que ele executa apenas aquela atividade do processo. Os círculos com ícones de play e pause (#4 e #5) representam eventos iniciais e finais, respectivamente.
O ícone de documento (#6) representa um recurso necessário à atividade ou produzido pela atividade, de acordo com a orientação da seta que conecta o recurso à atividade. Os retângulos com cantos arredondados representam as atividades do processo (#7), com atenção especial para os retângulos com símbolo de adição (#8), pois indicam que a atividade é, na verdade, um processo dentro de outro.
Por fim, três ícones são usados para controlar o fluxo do processo: losangos com “E” (#9) indicam que todas as atividades precisam ser executadas para o fluxo seguir adiante. Losangos com “?” (#10) representam decisões dentro de um processo. E losangos com “OU” (#11) indicam que pelo menos uma das atividades precisa ser executada para o fluxo seguir adiante.
A figura 3 apresenta um exemplo de processo de estratégia, Manter plano de negócio, para que se possa ver a notação do Process Thinking em ação.
Conclusão
Bem simples, não? Especialmente quando comparamos as figuras 1 e 2, fica evidente que a notação apresentada na figura 2 preza pela simplicidade e facilidade de uso. Além disso, essa notação foi baseada em pesquisas inovadoras e na experiência dos nossos analistas de processos.
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Referências
ENGIEL, Priscila. Projetando o entendimento de modelos de processos de prestação de serviços públicos. Dissertação de mestrado, UNIRIO, 2012.
MAGDALENO, A. M.; ENGIEL, P.; TAVARES, R. L.; et al., 2017, “Bridging the Gap between Brazilian Startups and Business Processes – Process Thinking’s Initial Exploratory Case Study“, Revista Brasileira de Sistemas de Informação (iSys), v. 10, n. 1, pp. 19–38.
VALENTIM, M. “Modelagem de Processos de Negócio para Startups – Processo de Gestão da Inovação do Process Thinking”, Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói, RJ, Brasil, 2019.
Publicado por: Rafael Lage rlt.rafael@gmail.com
Rafael é doutorando pela UFRJ desde 2013. Concluiu seu mestrado em Sistemas de Informação pela UNIRIO em 2012.
Possui experiência de participação em projetos para empresas pequenas e grandes, como Petrobras, Montreal Informática, IBM, entre outras. Atua há 7 anos nas áreas de Engenharia de Requisitos, Desenvolvimento de Sistemas, Ensino e Pesquisa.
Nestas áreas, possui trabalhos publicados em congressos nacionais e internacionais.